O mercado prevê inflação de 5,89% em 2023. É a 10ª semana seguida que a projeção aumenta. Há quatro semanas, a previsão do indicador para este ano era de 5,36%. Os dados são do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na tarde desta Quarta-feira de Cinzas (22).
A expansão ocorre em meio à tensão política entre o presidente da República, Lula da Silva, e o presidente do BC, Roberto Campos Neto. Em mais de uma ocasião, o petista criticou o mandatário da autarquia e questionou a autonomia do órgão.
A reação veio após a autoridade monetária decidir por manter a taxa básica de juros da economia brasileira, a taxa Selic, em 13,75%. Se ela aumenta, fica mais caro conseguir um empréstimo no banco, por exemplo.
O aumento da estimativa dificulta ainda mais o objetivo do Banco Central de baixar os juros. Isso porque o órgão leva em consideração a estimativa do mercado na hora de decidir obre a Selic. Se a projeção aumenta, a autarquia tende a manter ou elevar a taxa.
Por outro lado, o Focus manteve a previsão da semana passada de que a taxa Selic termine 2023 em 12,75%. Na prática, um ponto percentual a menos do nível atual. Há quatro semanas, a estimativa para o índice era de 12,50%.
Câmbio
Pela terceira semana seguida, o BC manteve a previsão da cotação do dólar deste ano em R$ 5,25. Há quatro semanas, era de R$ 5,28.
PIB
Por sua vez, a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no ano de 2023 saiu de 0,76% para 0,8%. Esse indicador mede o tamanho da economia de um país. Quatro semanas atrás, imaginava-se aumento de 0,79%.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas
